11/07/2011

O orkut é gospel

Fazia tempo que eu não entrava no Orkut. Passei por lá agorinha
Parece que só restaram os religiosos e os chatos que usam aqueles aplicativos que ficam postando figurinhas purpurinadas nos scraps das pessoas.

Surto

Toda vez é assim. Fico um tempão sem vir até aqui.
Tenho mil ideias a cada banho. Escrevo as sequências mentalmente. E depois esqueço o que pensei. Esqueço do blog. Esqueço dessa vida.
E aí quando volto, é com febre e vontade de falar, falar, falar.
Hoje foi assim.
Mas deve ser só porque já são quase 22h e estou sozinha em casa.

Detonaram o FB

Há tempos me rendi ao mundo virtual. Vira e mexe eu reclamo (sim, eu sou muito ranzinza!), mas confesso que já não posso mais viver sem.
E o Facebook era o que eu considerava de mais genial na rede. Mas as pessoas conseguiram estragar o que ele fazia de bom.
Para o meu trabalho, o FB era simplesmente maravilhoso! Reunia online as pessoas que tinham os mesmos interesses que os meus. Nos encontrávamos sem nos encontrar, tínhamos acesso ao que era útil para nós e, no final, acabávamos nos encontrando de verdade.
Mas, em algum momento perdido da vaidade e do orgulho humano, algumas pessoas começaram a concorrer com as empresas e com as outras pessoas, incluindo todos os outros perfis no seu próprio perfil. E o jogo se tornou ver quem tem mais "amigos". Agora estamos caminhando para a confusão e o fim da era em que interesses produtivos nos uniam e nos beneficiavam.

E o falso moralismo?
Não pode isso. Vamos proteger aquilo. Minha família não se expõe. Blablabla.
É só olhar os murais e ver que as pessoas contam desde o que comem, onde andam, o que fazem e gostariam de fazer e ainda reclamam com quem não reclamariam pessoalmente. Tudo de uma maneira mais romântica, para não dizer fantasiosa.

Acho que é a solidão.
O mural não é ninguém, mas é todo mundo.

São Paulo Subjuntivo

"Você quer que eu pego?"
AHHHHHHHH! Como isso doi no ouvido!
No Brasil todo as pessoas que vão para a escola aprendem os modos Indicativo, Imperativo e Subjuntivo. Já aqui em São Paulo é só Indicativo e Imperativo. E isso vale até para os professores, tutores e demais fornecedores de educação.

De um extremo a outro

Eu tinha opinião sobre tudo.
Eu era bem assim. Não sei se é resquício de uma adolescência tardia. Mas, ai!, que mania eu tinha de saber um pouco de tudo e obrigar qualquer um que estivesse perto a ouvir um parecer sobre todas as coisas.
Outro dia tropecei em uma pessoa assim, exatamente como eu era. Que coisa mais cansativa! Quase gritei por socorro para me livrar daquela "sabedoria" toda.
Não sei quando ou como foi que saí dessa fase.
Talvez levada por uma onda de tédio gigante parei de me interessar por tudo, todos e querer fazer análise de qualquer coisa. Simplesmente acho que cansei de tudo. E foi assim que eu passei para a outra ponta, a das pessoas que não tem interesse por nada e nem ninguém.
Nem preciso explicar o horror que isso desperta nas pessoas. Mas, ai, como as pessoas me cansam!
Frequentemente, quando estou numa roda de bate-papo, especialmente entre mulheres, observo como quando surge um assunto todas tem que contar alguma historinha que viveu relacionada ao início da conversa. E o pior é que ninguém ouve, pois está pensando ou tentando contar a sua própria experiência ligada ao tema. As histórias não terminam nunca. Vão se abrindo mundos paralelos, parênteses e outras histórias também intermináveis.
Olhando de fora, dá para ver que cada uma delas fala sozinha. Elas contam no grupo as histórias que queriam contar para si mesmas, construindo a personagem que gostariam de ser.

Tum pá

Quem não conhece o trabalho do Barbatuques tá perdendo muito.
Percussão corporal é o que eles fazem. Geniais!
E agora o grupo está com um show mais "didático", direcionado ao público infantil.
Acho que o melhor deles ainda são os trabalhos antigos. Mas eles são tão bons que vale conhecer.

Segue uma amostrinha:

Propaganda enganosa

Nos encantamos no primeiro olhar. Rapidamente tornou-se o meu melhor amigo. Um cara divertido, inteligente, gentil.
E gordinho.
Há uns anos, abandonado pelo "verdadeiros amores" da sua vida, ficou abaladíssimo. Passou pela maior crise de autoestima que vi nos últimos tempos.
Perdeu toneladas de peso, renovou o guarda-roupas e há quem jure que fez até lipo na sua pancinha outrora redonda. Virou um novo homem. Foi quando achei que ele se tornou um pouquinho chato. Mas o que interessa a opinião de uma velha amiga, quando o moço encontrou a sua "alma gêmea" (parafraseando-o).
Casaram-se.
O tempo passou e ele, feliz e satisfeito da vida, começou a ganhar peso devagarinho. E voltou a ser "confortável" como se autodenominava antigamente.
Na semana passada nos encontramos. Entre uma piada e outra, ele se mostrava preocupado. Acabou desabafando: o relacionamento já não é mais o mesmo do início. Há tempos a sua "deusa" perdeu o interesse.

Acabou.

A gente perde o jeito

Depois de anos casada, você fica sem reação quando, andando sem pretensão pelas ruas, te olham mais firme. E se dão um sorriso, daqueles diretos e indiscretos?
É diferente de ouvir coisas como "que Deus te conserve sempre assim" ou "essa é a nora que a minha mãe queria", repetidas galantemente em frente às obras e construções da cidade.
O tempo passou. Estou ficando velha.