07/12/2011

A surpresa que é o ser humano

Quando eu era mais novinha sempre perguntava às pessoas que se separavam se o "outro" havia mudado ou se no auge da paixão não se haviam observado as diferenças que tornariam o relacionamento impossível algum dia.
Das várias respostas que recebi nenhuma foi conclusiva.
Eu mesma tive os meus relacionamentos. Alguns duraram anos, outros apenas alguns meses. E as respostas que dei à minha própria pergunta ganharam uma leque enorme de alternativas.
Eu mudei. Envolvida, eu era cega mesmo. A outra pessoa mudou. A situação mudou. O que era bom deixou de ser porque cansou. O que era bom virou apenas hábito, enquanto eu sempre busquei arrebatamento. Os planos fugiram do controle.
Mas tem um outro lado que precisa ser considerado e que - juro - não é conversinha para se passar por vítima da vida: a outra pessoa nunca se mostrou como ela era de verdade.

Surpresas
Já te contaram uma história meiga para te dispensar que um tempo depois você soube que não era de verdade? Me conta: PRÁ QUE É QUE ALGUÉM FAZ ISSO? A decepção que vem depois é muito maior do que a dor de ouvir a verdade. Será que acharam que estava te protegendo? Ou é falta de coragem?
Resultado: você perde a confiança naquela pessoa e nas outras que virão e, sem culpa nenhuma, tentarão fazer parte da sua história.
Aí você se pergunta: o que mudou? quando foi que acabou? será que eu conhecia de verdade?
Mas não se preocupe. O tempo vem e vai e você esquece que algumas pessoas passaram na sua vida. O que é uma pena, pois todos perdem. Afinal, se escolhemos alguém para fazer uma parceria num belo dia no passado é porque aquela pessoa deve ter algo de especial, não é? Acredito que não tem porquê cuspir no prato que um dia você comeu.

Conclusão
E no final, todos foram felizes para sempre.
Mas, e com toda a razão, nunca mais se falaram.

Precisava ser assim?

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