29/09/2011

O brilho eterno das mentes cinzas

É incrível como nós seres humanos nos adaptamos a tudo. E como somos capazes de sustentar mil facetas diferentes numa mesma época da vida.
Defendo que não é apenas um sustentar como máscara. Tira uma e põe a outra. Nada tão teatral. É de dentro mesmo. Do fundo do coração.
Num ambiente, somos brilhantes. Em outro, somos cinzas. Num dia, voamos. À noite, caímos por terra sem o menor glamour. E na mesma noite ainda, levantamos as asas e ganhamos o céu e as estrelas, belos e faceiros por outras paragens.
E não é difícil ser assim. Sempre um aspecto da vida vai melhor do que o outro. As motivações vem e vão. Desaparecem, se renovam, nascem outras.
Se alguém quiser mais detalhes do meu ponto de vista, acho que o problema é que tem gente que se acostuma com a mediocridade de um lado, já que a sedução do outro lado ofusca e deslumbra. E leva em frente.

Analgesia é o processo que o corpo encontra para evitar uma dor. Se o pescoço incomoda, Joãozinho vai parando de virar a cabeça até que se acostuma a girar o tronco todo. E até aprende a ver um certo charme no gesto. E assim a vida vai passando. Para o Joãozinho, para o seu pescoço, o tronco e o mundo à sua volta.

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