01/03/2010

Abaixo o pão industrial


Depois que tem filhos, as pessoas piram. Pensamentos elevados, fortes preocupações com o futuro do planeta, a eterna busca por uma vida mais equilibrada é retomada e, no meio de tudo, a alimentação é total e completamente repensada.
Eu confesso que sempre fui meio neurinha com o que alimentava meu corpinho. Talvez com exceção de uma certa tolerância com algumas marcas de cerveja, sempre controlei a qualidade de todo o resto. Mas depois que a minha filha nasceu... ah! Quanta mudança. Fiquei muito, mas muito pior. Comecei a questionar do que é feito o caldo de carne em cubinho, porque o leite de caixinha dura tanto tempo depois de aberto e como foi a vida do boi que virou o meu bife.
Mas o que eu queria dizer mesmo é que decidi passar a fazer pão em casa. Já tinha muito anos que eu só comia pães integrais – daqueles fatiados, que vem num saquinho, vendidos em qualquer supermercado. Só que depois do bebê, eu também aprendi a entender de verdade o que dizem os rótulos das comidas. A ignorância é uma benção!!!!
Voltando à vaca fria (algum dia vou pesquisar a origem dessa expressão), passei a fazer o pão da minha família. Com combinações diferentes de farinhas e grãos, com sabores doces, salgados, de ervas, com frutas.... E justo eu que sempre gostei de cozinhar mas ODEIO fazer coisas que eu tenha que sujar minhas mãozinhas.
Qual o milagre? Uma super máquina de fazer pão - aquisição do fofo marido.
Você sabia dessa maravilha da tecnologia moderna?
É uma espécie de uma caixinha com um fio que a liga a tomada, onde vc coloca todos os ingredientes e programa o timer. Em retribuição ao seu carinho, no dia seguinte ela o presenteia com o cheirinho de pão recém assado logo ao amanhecer. Legal, ne?!
Mas a danada me abandonou. Milagre que é bom dura pouco. Tanta tecnologia e não agüentou mais do que uns poucos meses. Ta quebrada.
Depois de vê-la numa daquelas matérias de utilidades inúteis que as pessoas compram – aqui em casa temos um monte delas, desde o George Forman grill, à barraca que nunca foi para o camping e virou brinquedo de criança e o almofariz de pedra, só para citar alguns - , concluí que nem o fabricante bota fé no produto.  Máquinas de pão devem ser projetadas para serem usadas duas ou três vezes em suas breves vidas. Aí quando aparece uma doida, que a utiliza uma ou duas vezes por semana, todas as semanas, a pobre máquina estressa....

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